sexta-feira, 4 de junho de 2010

O vazio está mais apertado do que ontem, do que o mês anterior e pior do que quando ele começou a existir dentro de mim. Ele está me consumindo completamente como no início. Não sei o que está acontecendo comigo, não consigo mais entender o que se passa dentro de mim, não sei se é tristeza, não sei se é carência, não sei de mais nada!

Eu olho para o meu passado e vejo o quanto me estraguei andando e seguindo companias erradas e hoje em dia, ao me olhar no espelho, apenas vejo um borrão indefinido. Não me reconheço. Não consigo enxergar a menina doce e correta que eu sei que sou ao observar-me.

Eu cometi muitos erros e hoje eu os assumo, não com orgulho, não tem como se orgulhar de muitas coisas que eu fiz sem pensar, mas com tristeza e consciente que é algo para aprender a nunca mais fazer.

Hoje eu acordei deprimida, acordei precisando de alguém para me dizer que me ama e que acredita em mim, mas eu não tenho ninguém. Eu não tenho nada, além desse borrão que eu sou.
Eu queria fazer tudo diferente, eu queria nunca ter me permitido fazer nada aleém das coisas que eu acreditava. Eu queria, de verdade, com todas as minhas forças.

Mas estou cansada, cansada demais para tentar lutar para provar que sou melhor que isso, melhor do que eu era. Não consigo enxergar nada em minha frente, nada ao meu redor, nada em que eu possa me segurar e esperar a enxurrada passar sem que me leve.

Esse talvez seja o inicio do meu fim. A hora certa de fazer algo certo e direito. Algo que faça toda essa dor parar e eu conseguir finalmente ficar em paz.